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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Joel volta com dores no quadril, mão no queixo e ouve vaias para o time



Agarrado à sua prancheta, Joel Santana, com um problema na altura do quadril, subiu devagar as escadas do Engenhão. Depois de cumprimentar o quatro árbitro, declarou:
- Aqui me sinto em casa.
Depois, saudado pela torcida, prestou o gesto de reverência. Soou o apito do árbitro, o treinador fez o sinal da cruz e deu início aos 90 minutos do seu primeiro jogo na quinta passagem pelo Flamengo (veja os melhores momentos do jogo no vídeo ao lado). Num canto da área técnica, de calça e camisa do Flamengo, mão no queixo, coçando a cabeça, Joel aguentou calado até os nove minutos, quando passou orientação para Bottinelli sobre sua colocação à frente da área. Aos 15, Joel fez os primeiros rabiscos nos papéis da prancheta e lamentou uma falta cobrada por Ronaldinho nas mãos do goleiro.
No tempo técnico, aos 20, o treinador mexeu seus pauzinhos, ou melhor, os botões magnéticos da prancheta, um técnico novo para parte dos jogadores. Ao lado do treinador, Ronaldinho prestava atenção. Aos 40, o técnico esbravejou com os punhos cerrados um lance errado de Renato. Depois, lamentou passe errado de Bottinelli num contra-ataque. No primeiro tempo, porém, de mão no queixo, Joel mais observou do que orientou, e deixou o campo ao lado do preparador físico Ronaldo Torres.
Xodó no segundo tempo
E Joel voltou com seu novo xodó para o segundo tempo. O treinador, que na quarta-feira anunciou a “adoção” de Negueba, colocou o atacante na vaga de Bottinelli. No fim da partida, Negueba comentou sobre a proteção do Papai:
- Ele disse para mim que vai me adotar. A rapaziada brinca muito comigo, me bate, ele vai me proteger. Ainda tenho muito que aprender, sou muito novo. Ele já está me ensinando muito neste pouco tempo. Vou ouvir os conselhos dele para aprender bastante.
Joel Santana Flamengo (Foto: Alexandre Loureiro / VIPCOMM)Joel orienta o time no joog contra o Madureira
(Foto: Alexandre Loureiro / VIPCOMM)
Aos 7 minutos, Joel vibra com o gol contra de Thiago. Vibração solitária, olhar para o céu e punhos cerrados. Pelo Carioca, o time não marcava há três jogos. Pouco depois do gol, Joel virou para o banco e disse que Negueba deveria ter chamado uma falta, quando o atacante recebeu uma trombada.
Joel passou a caminhar mais pela área técnica, sempre mancando por conta do problema no quadril. Orientou Maldonado, teve uma conversa ao pé do ouvido com Renato. Aos 29 minutos, a torcida direcionou algumas vaias para a apatia do time. Pouco depois, pênalti para o Flamengo. Ronaldinho isolou. Joel Santana levou as mãos ao rosto.
O treinador ainda colocou Camacho e o antes renegado Diego Maurício. Quase no fim, Joel esbravejou com erros infantis de passes. Com o time apático e sem poder de criação e definição, grande parte dos 4.376 torcedores presentes (2.814 torcedores pagantes) ao Engenhão vaiou o time depois do apito final.
Na volta, no pontapé inicial de sua quinta passagem pelo clube, Joel viu que, além de observações, terá que superar as dores no quadril, e preparar a garganta.

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