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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

O rei do Maracanã

Zico tinha apenas 11 anos quando pisou pela primeira vez no gramado do Maracanã. Em 21 de janeiro 1965, um vizinho de Quintino o levou para realizar o primeiro de seus inúmeros sonhos de infância. Seis anos mais tarde, em 1971, já nos juvenis do Flamengo, de pênalti, marcou seu primeiro gol no estádio, sobre o Botafogo, na preliminar de um clássico de quase 150 mil pagantes.
A história de Zico se confunde com a própria história do Maracanã. Foi lá que o camisa 10 da Gávea fez fama e consagrou-se como o maior ídolo rubro-negro de todos os tempos.
- Aqui me sinto em casa - costumava dizer.
Pudera. Em duas décadas, Zico transformou-se no maior artilheiro do estádio, com 333 gols. Lá, conquistou 19 títulos - nove Taças Guanabara, uma Taça Rio, seis Cariocas e três Brasileiros. Além das glórias, Zico escreveu, em cada partida, um capítulo especial de sua história de amor com o Maracanã.
Tal qual Dida (seu ídolo de infância), fez seis gols numa única partida ali, na goleada de 7 a 1 do Flamengo sobre o Goytacaz, no Estadual de 1979. O primeiro título veio bem antes, em 1972, quando se revezava entre os juniores e os profissionais. Em 1974, camisa 10 absoluto, foi artilheiro e campeão.
Também houve tristeza. Na final da Taça Guanabara de 1976, o empate de 1 a 1 levou a decisão para os pênaltis. Mazzaropi defendeu a cobrança de Zico e o Vasco levou o troféu. Mas as alegrias foram maiores. Zico liderou o time no tri carioca (1978, 79 e 79 especial) e nos Brasileiros de 1980, 83 e 87.
O grand finale veio em 6 de fevereiro de 1990, diante de 100 mil agradecidos torcedores. Era o adeus do ídolo.

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